segunda-feira, 16 de maio de 2022

Dudé Viana - Nas Rédeas do Vaqueiro - no Sítio Poço Redondo em homenagem aos 100 anos de José Daniel Carneiro

Música: Nas Rédeas do Vaqueiro (Dudé Viana / Tião Maia). Clipe com a participação de Gesamar Benevides e Cristina Praxedes. Apoio: Josemiro Xavier. Imagens e edição: @thiago.p.amorim

Epílogo:

No dia 14 de maio de 1922, há 100 anos, nascia José Daniel Carneiro, conhecido popularmente como Zé Daniel, vaqueiro do Sítio Poço Redondo, no município de Caraúbas/RN. Nasceu no Sítio Língua de Vaca, do mesmo município, mas ficou órfão de pai e mãe, e aos 2 anos de idade foi adotado por Hermano Fernandes, proprietário do Sítio Poço Redondo. Hoje, 14 de maio de 2022, dia do seu centenário, fizemos esse simples clipe em forma de homenagem a ele que foi para a morada celestial em 2 de março de 2017.



Nas Rédeas do Vaqueiro
(Dudé Viana / Tião Maia) Quando o sol abrilhanta o céu claro O vaqueiro desperta alegremente Põe logo os arreios no cavalo E a cela bordada lindamente Veste a roupa de couro ensebado O paletó é o gibão todo decente É couraça e a sua armadura Pespontado de arreatas na costura É valente, é peão, é casca dura É do mato, é do sertão, é consistente O vaqueiro só vive para o boi Em função deste boi é que ele vive E de couro sua roupa sempre foi Resistente a espinho do perigo Tem por dentro um forte para-peito As perneiras e as luvas dedo largos Alpercatas trançadas a seu jeito Tem botinas ou sapatão fechados Galopando no oeste potiguar Até o sol ficar todo encarnado O chapéu de couro na cabeça Que protege do sol e do forte golpe É o símbolo por mais simples que pareça Da vaquejada, da história e do galope Também serve de cuia pra beber água Pra comer o alimento de sustança Pra quebrar sobre o olho na lambança Escondendo seu olhar calmo e faceiro É amor, é emoção o tempo inteiro São as coisas da vida do vaqueiro A aridez do clima ele domina A agressividade da flora é seu enfeite A periodicidade da seca lhe fascina A esterilidade do solo é seu leite Nas serranias desnudas ele acontece E não é um incipiente domesticado Essa ingrata região não lhe enternece Grotas fundas, tabuleiros e chapadas O cavalo é o companheiro que trabalha Nas veredas que o sertão lhe fornece E lá vai ele cuidando do seu gado Se embrenhado no mato a procura Do boi que do rebanho separado Se perdia pela caatinga escura Ele dorme ao relento sob o céu Ou na sombra de um pé de juá Alimentando-se de frutos, broto e mel Bebendo água das fontes que brotar Exercitando seus estalos culturais Com rebanhos, independência e currais Com essa poeira modelou-se o vaqueiro Fez-se homem, e quase nem foi criança. Atravessa a vida em artifícios ligeiros Fez-se forte e prático na resignança. Compreendeu-se no combate sem trégua Cedo encarou a existência tormentosa No isolamento do ermo ensimesmou-se Se tornando bárbaro, impetuoso e profundo O vaqueiro é guerreiro e assim formou-se Boca da noite se abre e engole o mundo. (Olá, gente amiga! Se você gostou, se inscreva no nosso canal e deixe um like aqui no clipe. E se puder contribua com o canal Dudé Viana no próximo clipe, deixe uma doação voluntária de qualquer valor - Pix: dudeviana@gmail.com / Agradeço de coração a todos!) Contatos: 84 996487947 (Whatsapp) E-mail: dudeviana@gmail.com Facebook.com/Dudé Viana
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José Daniel Carneiro


José Daniel Carneiro

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