Música: Nas Rédeas do Vaqueiro (Dudé Viana / Tião Maia). Vídeo Clipe homenageando os vaqueiros da região Oeste potiguar, em especial aos vaqueiros Antônio Batista, do Sítio Rapé, avô de Thalia Viana, e Zé Daniel Carneiro, do Poço Redondo, pai de Dudé Viana. Videoclipe com Dudé Viana (voz e violão), Thalia Viana (vaqueira), Didi da Cavalgada (vaqueiro) e o músico convidado Tácio Junior (trompetista). Pedro Jailton (filmagem, edição e áudio).
O Clipe foi gravado na sexta-feira (30/10/2020), de manhã no Sítio Rapé, no município de Apodi/RN, e à tarde na Fazenda Fortaleza, de Senhor de Joel, no município de Caraúbas/RN.
Apoio cultural:
Damião Gurgel
Lucivan Viana
Cola de Adolfo
Marcos Orione Ferreira
Radialista Léo Viana
Apoio local:
Paulo Batista
Chiquinho Batista
João Neto
Romildo Benevides
O vaqueiro desperta alegremente
Senhor de Joel
Agradecemos de coração a todos os participantes e apoiadores!Clipe da música "Nas Rédeas do Vaqueiro" com Dudé Viana, Thalia Viana e Didi da Cavalgada, gravado no Sítio Rapé e Fazenda Fortaleza, em 30/10/2020.
Nas Rédeas do Vaqueiro
(Dudé Viana / Tião Maia)
Quando o sol abrilhanta o céu claro
É valente, é peão, é casca dura
Põe logo os arreios no cavalo
E a cela bordada lindamente
Veste a roupa de couro ensebado
O paletó é o gibão todo decente
É couraça e a sua armadura
Pespontado de arreatas na costura
Tem por dentro um forte para-peito
É do mato, é do sertão, é consistente
O vaqueiro só vive para o boi
Em função deste boi é que ele vive
E de couro sua roupa sempre foi
Resistente a espinho do perigo
As perneiras e as luvas dedo largos
É o símbolo por mais simples que pareça
Alpercatas trançadas a seu jeito
Tem botinas ou sapatão fechados
Galopando no oeste potiguar
Até o sol ficar todo encarnado
O chapéu de couro na cabeça
Que protege do sol e do forte golpe
Da vaquejada, da história e do galope
A aridez do clima ele domina
Também serve de cuia pra beber água
Pra comer o alimento de sustança
Pra quebrar sobre o olho na lambança
Escondendo seu olhar calmo e faceiro
É amor, é emoção o tempo inteiro
São as coisas da vida do vaqueiro
A agressividade da flora é seu enfeite
Nas veredas que o sertão lhe fornece
A periodicidade da seca lhe fascina
A esterilidade do solo é seu leite
Nas serranias desnudas ele acontece
E não é um incipiente domesticado
Essa ingrata região não lhe enternece
Grotas fundas, tabuleiros e chapadas
O cavalo é o companheiro que trabalha
Exercitando seus estalos culturais
E lá vai ele cuidando do seu gado
Se embrenhado no mato a procura
Do boi que do rebanho separado
Se perdia pela caatinga escura
Ele dorme ao relento sob o céu
Ou na sombra de um pé de juá
Alimentando-se de frutos, broto e mel
Bebendo água das fontes que brotar
No isolamento do ermo ensimesmou-se
Com rebanhos, independência e currais
Com essa poeira modelou-se o vaqueiro
Fez-se homem, e quase nem foi criança.
Atravessa a vida em artifícios ligeiros
Fez-se forte e prático na resignança.
Compreendeu-se no combate sem trégua
Cedo encarou a existência tormentosaSe tornando bárbaro, impetuoso e profundo O vaqueiro é guerreiro e assim formou-se Boca da noite se abre e engole o mundo. Se você gostou do clipe, dê o seu like e inscreva-se no canal! Desde já, muito obrigado a todos!
Dudé Viana, Thalia Viana e Didi da Cavalgada
Contatos: 84 996487947 (Whatsapp)
E-mail: dudeviana@gmail.com
Facebook.com / Dudé Viana
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