quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pesquisador Social Defende Espaço Cultural para Almino Afonso

                                                Epitácio Andrade  
 

                              Em entrevista concedida ao programa radiofônico ancorado pelo professor universitário Aluísio Dutra de Oliveira, da FM Educativa de Almino Afonso, no último dia 07 de Janeiro, o médico psiquiatra e pesquisador social Epitácio de Andrade Filho defendeu a viabilização de um espaço cultural para o município de Almino Afonso, localizado na região do médio-oeste potiguar.  

                                                                     Foto: Epitácio Andrade
Logomarca da Rádio Comunitária de Almino Afonso

                             O pesquisador Epitácio Andrade compareceu a emissora de radiodifusão comunitária para conceder entrevista ao professor Aluísio Dutra acompanhado pelo construtor civil José Alves Rodrigues, conhecido como Zé Catonho ou Zé Limão, integrante da terceira geração da família limão, posterior ao cangaço de Jesuíno Brilhante (1844-79).

                                                                   Foto: Jean Garotinho
Epitácio Andrade, Zé Limão e Aluísio Dutra

                            No livro “A Saga dos Limões – Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante”, de autoria de Epitácio Andrade, constata-se que “os limões” eram os principais algozes do cangaceiro potiguar. Em visita a cemitérios, o pesquisador comprovou que José Rodrigues de Barros, considerado o patriarca dos limões da geração pós-cangaço jesuínico, encontra-se sepultado, juntamente com seu filho Luiz Limão, em Almino Afonso.

                                    
                                                                    Foto: Epitácio Andrade
Epitáfios dos Limões no túmulo em Almino Afonso

                             O patriarca dos Limões José Rodrigues de Barros (1862-1963) era casado com Maria Rosa da Luz, que também era chamada de Maria Rosalina da Conceição, irmã de Preto Limão, comandante da expedição que culminou com a morte do Cangaceiro Jesuíno Brilhante, na zona rural de São José de Brejo do Cruz, na fronteira paraibana, em Dezembro de 1879.

                                     
                                                                                         Foto: Epitácio Andrade
Zé Limão no cemitério velho de Almino Afonso

                             Segundo José Alves Rodrigues, conhecido como Zé Limão, neto do patriarca, “era tradição dos antepassados plantar uma árvore nos lugares de sepultamento dos familiares”. No velho cemitério de Almino Afonso, cuja sepultura mais antiga data de 1910, segundo Zé Limão é provável que sua avó, irmã de Preto Limão, encontre-se sepultada onde hoje floresce uma grande timbaúba. 
  Para marcar a visita cultural ao município de Almino Afonso, o escritor Epitácio de Andrade Filho, autografou para a emissora educativa um exemplar do livro “A Saga dos Limões”, que foi recebido pelos locutores Leopoldo Nunes, Aluísio Dutra e Jean Garotinho, na presença de membros da família Limão.

                                                                        Foto: FM Educativa
Autógrafo de “A Saga dos Limões” para FM Educativa

                           A tarefa de viabilizar um espaço cultural para Almino Afonso não será fácil, visto que a tradição de converter as antigas estações ferroviárias em casas culturais não está ocorrendo na “velha caeira”. A antiga estação ferroviária de Almino Afonso está em ruínas.

                                 
                                                                             Foto: Epitácio Andrade
Estação ferroviária de Almino Afonso em ruínas

                             “A pujança cultural que está incrustada no município de Almino Afonso justifica a viabilização de um espaço cultural para o incremento de seu desenvolvimento sustentável”, defendeu Epitácio Andrade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário